sábado, 18 de dezembro de 2010

Ótica resumida


Há muitas dúvidas tanto de adolescentes quanto de pessoas já mais do que crescidas sobre a verdadeira aplicação da crítica literária para o mundo. Percebo cada dia mais e mais que as pessoas param de ver a diferença entre o porquê das discussões se Capitu traiu ou não Bentinho em Dom Casmurro de Machado de Assis e uma tabela de preços de um barzinho qualquer. Eu não vejo nisso uma regressão do intelecto humano, mas sim um comodismo em relação a palavra escrita, aonde não se instiga a capacidade imaginativa das pessoas na literatura, quanto mais a sua reflexão.

É preciso fazer as pessoas levarem seus intelectos além de um resumo fruto de uma curta busca pela internet. É preciso ler um texto e não simplesmente se prender a aquilo que o narrador disse, mas sim a questão “o que ele pode querer ter dito com isso?”. Não é o óbvio que nos leva a pensar e a argumentar e a crítica literária está para a mente como o dia esta para a noite. Instigando-nos a não olhar o óbvio, mas a contestar, a imaginar, a ver por outros ângulos, e, através dessa busca por novos conceitos literários culminarmos por fazermos buscas de autoconhecimento.

Ass: J. B. Cyrino

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