sábado, 18 de dezembro de 2010

Ótica resumida


Há muitas dúvidas tanto de adolescentes quanto de pessoas já mais do que crescidas sobre a verdadeira aplicação da crítica literária para o mundo. Percebo cada dia mais e mais que as pessoas param de ver a diferença entre o porquê das discussões se Capitu traiu ou não Bentinho em Dom Casmurro de Machado de Assis e uma tabela de preços de um barzinho qualquer. Eu não vejo nisso uma regressão do intelecto humano, mas sim um comodismo em relação a palavra escrita, aonde não se instiga a capacidade imaginativa das pessoas na literatura, quanto mais a sua reflexão.

É preciso fazer as pessoas levarem seus intelectos além de um resumo fruto de uma curta busca pela internet. É preciso ler um texto e não simplesmente se prender a aquilo que o narrador disse, mas sim a questão “o que ele pode querer ter dito com isso?”. Não é o óbvio que nos leva a pensar e a argumentar e a crítica literária está para a mente como o dia esta para a noite. Instigando-nos a não olhar o óbvio, mas a contestar, a imaginar, a ver por outros ângulos, e, através dessa busca por novos conceitos literários culminarmos por fazermos buscas de autoconhecimento.

Ass: J. B. Cyrino

quinta-feira, 25 de novembro de 2010

O que seria a critica literária? -Parte dois

Ensinar a ler e a escrever deveria ser abrangido intensamente nas escolas, peça a um aluno para redigir algo e julgar o que lê. Por diversas vezes notei total falta de vocabulário, criatividade e incoerência, mesmo não sendo professora ou algo do tipo, o aluno parece estar acomodado com o que escreve e com o que lê, não demonstra interesse algum no tema... Gosto de cutucar a necessidade e impor que o aluno cresça, e anseio também que o ambiente ajude-o a cumprir esse requisito. Todos sabemos o que acontece em escolas publicas e seus insuficientes ensinos... Até porque mesmo depois, no Enem, concurso, ou seja, qualquer avaliação escrita que lhe surgir na vida o aluno não ira saber como e o que fazer para se sair de modo bem-sucedido... A percepção parece ter sido golpeada pelo entretenimento fácil, parece ter sumido do cotidiano e do próprio interesse deles...
A literatura desenvolve-se como história somente lidando com os grandes literários que foram expressos nos livros didáticos e nenhuma obra é realmente lida e sim seus fragmentos somente copiados nos livros em questão, deixando o aluno limitado e criando o vicio de fazer o mesmo futuramente... A critica é a consciência de algo à mais, sendo assim, é um erro de longa distancia tratá-la de modo assim distante, sem nenhum comprometimento real e profundo nela. Não se pode julgar ou ter uma visão do escritor/poeta/filosofo ou erudito por natureza, que seja, lendo somente algumas frases dele. É preciso incorporar e buscar sua essência mesmo que a tenhamos só subjetivamente!

Escrito por  e editado por João B. Cyrino

terça-feira, 26 de outubro de 2010

Michel Foucault (Entrevista)

(Foucault) – Para mim, a literatura era um descanso, um pensamento a caminho, uma marca, uma bandeira... Ninguém analisou realmente como, da massa de ideias expressas, da totalidade do discurso real, a apenas alguns destes discursos (filosóficos, literários) são conferidas uma sacralização e uma função particular.

– Como se pode distinguir entre a boa e a má literatura?
(Foucault) – Essa é a pergunta com a qual devemos nos confrontar algum dia. Por um lado, teremos de perguntar o que, exatamente, representa esta atividade que consiste em difundir ficção, poesia, contos... Em uma sociedade. Também devemos analisar um segundo fato: dentre todas as narrativas, por que algumas delas são sacralizadas, postas a funcionar como “literatura”? São imediatamente assimiladas por uma instituição, que originariamente era bastante diferente: a instituição universitária. Agora está começando a ser identificada com a instituição literária.

– Nossa cultura confere à literatura um lugar que em certo sentido é extraordinariamente limitado: quantas pessoas lêem literatura?
(Foucault) - Porém, esta mesma cultura obriga a suas crianças, na medida que se aproximam da cultura, a passar por toda uma ideologia da literatura durante seus estudos. Há uma espécie de paradoxo nisso; o qual se relaciona com a declaração de que a literatura é subversiva. O fato de que alguém afirme que é assim, nesta ou naquela crítica literária, não tem importância, não tem conseqüências. Mas se ao mesmo tempo, toda a profissão docente, desde a escola primária até os chefes de departamentos universitários diz – explicitamente ou não – que para encontrar as grandes decisões da cultura, os pontos de flexão, se deve
apelar para Diderot ou Sade, Hegel ou Rabelais, pois se as encontraria ali. Neste nível se dá um efeito de mútua colaboração.


*Não pude deixar de tomar nota deste pequeno, mas glorioso comentário de Foucault:

Liberar-se a si mesmo da filosofia implica necessariamente uma similar falta de consideração. Não se pode sair dela fincando-se dentro dela, refinando-a tanto quanto possível, dando voltas ao redor dela com o próprio discurso. Não. Consegue-se isso, opondo-se a ela, com uma espécie de espanto e alegria, uma espécie de incompreensível crise de riso que no final se torna entendimento, ou que em todo caso, destrói. Sim, destrói antes de levar ao entendimento.

Bibliografia: “Foucault passe-frontières de la philosophie”. Le Monde, 6 sept. 1986. Entrevista conduzida por Roger-Pol Droit em 20 de Junho de 1975. Tradução de wanderson flor do nascimento.

quarta-feira, 20 de outubro de 2010

O que seria a critica literária?

Bom, a lógica pede para que comentemos seu principio, a critica literária não serve apenas para analisar a obra individual em questão, mas sim, o autor, sua oratória, o porquê do escrito, compreensão, a linguagem verbal empregada, seu significado. É fundamental ter coerência e buscar os arredores por detrás disso tudo.

A palavra critica aqui mencionada parece denotar o sentido pejorativo, mas não se engane, um bom e verdadeiro critico menciona que o texto em si é de real importância e não de como foi escrito, sua análise vem não do perfeito, corretamente elaborado, mas sua idéia culminante... O escritor fiel escreve para si e com isso não vê a perfeição, mas sim sua obra, ''sua face pintando o papel'' e como isso significa e transformará seu ser, sua essência e suas reflexões geradas e futuramente, quem sabe, ampliadas...

terça-feira, 19 de outubro de 2010


Olá, caros leitores que como eu gostam de ler e tem as melhores criticas afiadas sempre na almejada oportunidade concebida!
Quero-lhes informar de meu delirante sonho, ou um deles... Estava eu procurando um curso interessante para fazer e pensei em como iria ser deleitoso ter um curso que juntasse a leitura e todo o universo crítico de idéias e conceitos provenientes dela, procurei e nada de encontrar o curso, então ai esta a parte do deslumbre e audácia, tive a epifania que deveria eu lançar o projeto do curso em crítica literária! Primeiro irei escrever o projeto, depois me digam se eu sonhei alto demais...